Com o fácil acesso à informação, muitas pessoas recorrem à internet para identificar sintomas e buscar explicações para o que sentem. No entanto, o Autodiagnóstico de Transtornos Mentais pode ser um caminho perigoso e repleto de equívocos.
Muitas pessoas já chegam ao consultório com uma lista de sintomas que atribuem a um determinado diagnóstico feito a partir de consulta na internet e redes sociais e que, na maioria das vezes, está equivocado.
Os transtornos mentais, como depressão, transtornos de ansiedade e transtorno bipolar, possuem critérios específicos de diagnóstico, que exigem avaliação detalhada por médico, além da exclusão de outras causas e diagnósticos diferenciais.
Embora seja importante reconhecer sinais de sofrimento emocional, interpretá-los sem o devido conhecimento pode levar a confusões, atrasando o tratamento adequado ou até mesmo resultando tomada de decisões incorretas e surgimento de ainda mais sintomas, para se enquadrar em determinado estereótipo.
Além disso, muitas condições psicológicas compartilham sintomas semelhantes, o que é muito desafiador, e o autodiagnóstico em psiquiatria é um grande risco. O estresse excessivo pode ser confundido com transtorno de ansiedade generalizada, assim como o luto pode parecer um quadro depressivo, por exemplo. Apenas um especialista pode diferenciar e indicar o melhor tratamento para cada caso.
Se você percebe mudanças significativas no seu humor, comportamento ou bem-estar emocional, o ideal é buscar ajuda profissional. Caso esteja com algum sofrimento psíquico, ou perceba isso em alguém próximo a você, não exite em procurar ajuda de um psiquiatra.
Referências
- American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5). 5ª edição.
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