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Para que serve o divã?

O divã, como muitos conhecem, é uma espécie de sofá, como na figura acima. A função inicial e concreta do divã é servir como mobília para se deitar. Mas por que usar o divã na psiquiatria ou na psicoterapia?
 
Bom, o uso do divã se tornou mais usual pela psicanálise, sendo que ao longo dos anos outras linhas de psicoterapia também adotaram o divã para a sua prática. Claro que nem todos os terapeutas utilizam o divã e este não é indispensável para a psicoterapia. De qualquer forma, quando o terapeuta o utiliza, ou melhor, o paciente, o terapeuta tradicionalmente se posiciona atrás do divã, sentado em cadeira ou poltrona, em posição em que o paciente não consegue vê-lo. 
 
Ao “não ver” o terapeuta ou analista, o paciente pode ficar despreocupado com as expressões faciais, com a gesticulação e pode se concentrar em seus próprios pensamentos que vão se manifestar através da fala. O “não ver” o terapeuta ainda acaba por permitir ainda mais que o terapeuta seja alvo de projeções, e assuma diferentes papéis, permitindo um acesso mais profundo ao inconsciente.
 
Ainda, o divã permite que o paciente fique relaxado, protegido, confortável, e ao mesmo tempo, por ter seu encosto elevado, estimula um certo grau de vigilância, diferentemente do que aconteceria se fosse uma cama, por exemplo. Esse estado de conforto e proteção dá ainda maior liberdade para o fluxo de pensamentos durante a sessão.
 
Alguns pacientes descrevem a sensação de estar deitado em um divã como “uma viagem” ao seu “interior”. Outros descrevem como uma sensação de aconchego. Mas há aqueles que não se adaptam, que acham desconfortável ou intimidador. Alguns pacientes evitam o divã, outros já o solicitam na primeira sessão. Há aqueles que alternam momentos no divã e momentos fora do divã. Não existe regra. O fato é que o divã, muitas vezes símbolo da psicanálise, ainda hoje tem uma série de funções na psiquiatria e psicoterapia.
 
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