Nos últimos anos, a Saúde Mental no Trabalho ganhou destaque nas discussões sobre produtividade e bem-estar. A chamada Geração Z, que começa a dominar o mercado profissional, trouxe uma mudança profunda na forma de se relacionar com o trabalho: busca de Propósito, Equilíbrio emocional e ambientes que valorizem saúde psicológica passaram a ser prioridade.

Enquanto gerações anteriores tinham uma tendência a associar sucesso à Estabilidade e à entrega constante, os mais jovens têm enxergado o trabalho como parte da vida, e não como o centro da mesma. Essa mudança de perspectiva tem gerado tensões entre valores diferentes, especialmente em ambientes corporativos que ainda operam sob modelos mais rígidos.

O aumento de casos de Burnout, ansiedade e desmotivação profissional evidencia a necessidade de novas políticas de cuidado com a Saúde Mental. Empresas que investem mais em saúde mental corporativa, programas de apoio psicológico, qualidade de vida e flexibilização de jornada não apenas reduzem adoecimentos, como também retêm talentos e melhoram o desempenho coletivo. No fim ambos os lados podem ganhar com essa mudança de perspectiva.

Para os profissionais, ter uma rotina equilibrada, com pausas, lazer e sono adequado, protege o cérebro dos efeitos cumulativos do estresse. A busca por Autoconhecimento, pode auxiliar na compreensão dos limites e do papel do trabalho na vida de cada pessoa, e pode ser catalisada por processos de psicoterapia.

A Saúde Mental no Trabalho é um tema coletivo, com impactos sociais amplos. O questionamento e os posicionamentos que as novas gerações têm trazido são valiosos para repensar modelos que talvez já estivessem inadequados para uma sociedade com desafios e potenciais muito diferentes de décadas passadas.

Referência

• Organização Mundial da Saúde (OMS). Mental health at work: policy brief. 2022.