Você já esqueceu onde deixou a chave, o celular, o que foi buscar na cozinha ou até compromissos importantes e logo pensou: “minha memória está ruim”? Embora pareça um problema de Memória, muitas dessas falhas estão mais ligadas à Desatenção.
A Atenção é o primeiro passo para que algo seja registrado pelo cérebro. Se não prestamos atenção a uma informação, ela simplesmente não chega à memória, ou vai chegar com muito menos potência para ela.
Fatores como estresse, privação de sono, sobrecarga mental e uso excessivo de celular e computador reduzem nossa capacidade de concentração e dão a falsa impressão de um “déficit de memória”.
Em pessoas com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), essa dificuldade é ainda mais pronunciada. O cérebro tem maior dificuldade em manter o foco e filtrar estímulos, o que compromete o registro e o resgate de informações.
O primeiro passo para diferenciar a desatenção de problemas reais de memória é observar o contexto, histórico clínico, fatores de risco.
Situações pontuais de distração, principalmente em períodos de estresse e sobrecarga de tarefas, são comuns e reversíveis com medidas simples: sono adequado, pausas regulares, redução de sobrecarga, evitar fazer várias coisas simultaneamente, e adotar práticas que favorecem o foco, como mindfulness.
No entanto, se a desatenção for persistente e interferir no trabalho, estudos ou relacionamentos, uma avaliação profissional é fundamental para identificar a causa e propor o tratamento adequado.
Referências
- American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders DSM-V. 2022.
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