A Despersonalização é um sintoma psicológico caracterizado pela sensação de estar “desconectado” de si mesmo. Muitas pessoas descrevem como se estivessem observando a própria vida de fora, ou sentindo que o corpo e os pensamentos não lhes pertencem.
Embora possa ocorrer de forma isolada, também pode estar associada a condições como Transtornos de Ansiedade, Transtorno de Pânico, Depressão ou Transtornos relacionados ao Estresse, como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT).
Esse sintoma não significa “perder a sanidade” ou “ficar louco”, mas sim que o cérebro está reagindo a uma sobrecarga emocional ou trauma. Em alguns casos, a Despersonalização é passageira e autolimitada, surgindo em momentos de grande estresse. Em outros, pode tornar-se crônica e exigir tratamento especializado.
As causas da Despersonalização incluem eventos traumáticos, fadiga extrema, uso de substâncias psicoativas e transtornos de humor. O diagnóstico da Despersonalização é clínico, feito por médico, e também muitas vezes identificado por psicólogos, considerando o histórico e a intensidade dos sintomas.
Após a correta identificação e caracterização, dentro da história individual, o tratamento geralmente combina Psicoterapia, especialmente abordagens como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), com técnicas de regulação emocional e, em alguns casos, uso de medicação para condições associadas.
Estratégias como manter uma rotina saudável, praticar exercícios físicos e técnicas de grounding (focar nos sentidos para “ancorar” no momento presente) podem ajudar a reduzir os episódios. Embora assustadora, a Despersonalização é compreensível dentro do funcionamento do cérebro humano.
Buscar ajuda profissional precoce aumenta as chances de melhora e reduz o impacto desse sintoma na qualidade de vida.
Referência
- Sierra M, David AS. Depersonalization: A selective impairment of self-awareness. Consciousness and Cognition. (2011)
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